Continuando na Renânia-Palatinado... Alemanha...
Não me parece que existam muitos locais assim.. enfim, ainda nos falta MUITO mundo para conhecer mas.. vou descrevendo o sentimento à medida que os vivo...não e??!!
Situada numa zona de beleza excecional nas margens do Rio Mosel , esta cidade é mais um dos exemplos de "contos de fadas" existente por aqueles lados.
Chegámos pelas montanhas.. e a vista é.. HHuumm.. de cortar a respiração!!
Vista panorâmica de Cochem e castelo
Chegámos de carro por uma estradinha que descia a montanha até Cochem, até certo ponto duvidei que estivéssemos no caminho certo, mas afinal, estávamos. Vindo daquele lado é muito difícil estacionar pois as ruas são muito apertadinhas e a maior parte do estacionamento existente é para os habitantes, bem como as estradas a circular. O melhor é procurar o caminho para a estação de comboio porque lá sim, há um estacionamento muito grande, mas só nos apercebemos disso depois de ter dado três voltas à localidade e estacionado muuuuito longe..
Como é possível que de algo tão pequeno na ordem material tenha surgido algo tão grande na ordem da arte e da arquitetura
Portal de entrada ao Castelo, chamado de Reichburg Cochem
A visita ao castelo custa 5€ e não tem visitas livres, têm de ser acompanhadas por um guia, mas todos os 10 minutos entra um grupo. São muito organizados. A visita dura cerca de 40 minutos e vale muito a pena.
Poço do castelo
O castelo de Cochem foi construído perto do ano 1000 pelo conde palatino Ezzo, filho do conde palatino Hermann Pusilius. O castelo é típico, no alto da povoação, para vantagem contra os inimigos, mas a sua arquitetura é um pouco diferente, de estilo neogotico. Não é muito grande, mas é muito interessante. Claro que á semelhança de muitos outros foi destruído pelas tropas francesas, mas foi recuperado em 1868.
Na foto, o poço, com 50m de profundidade, servia para abastecer os habitantes do castelo de água potável.
Sala de jantar
Ornamentada ricamente por madeira, todas as paredes, portas e moveis têm trabalho de entalhe. O teto tem vigas com piogravuras e as paredes têm pinturas e imagens em folha de ouro.
Aqui, as divisões não são muito grandes, mas cheias de detalhes.
Quarto gótico
Aqui era o quarto das senhoras, o seu nome deriva da decoração do teto. Tem uma lareira muito interessante revestida de azulejo de Delft. Todos os moveis são originais. Nas paredes têm quadros do SEc. XVII e XVIII
Lareira do quarto gótico
Ao contrario do que é normal nestes monumentos, aqui é permitido tirar fotos a tudo, só pedem para não tocar em NADA, pois por serem tão velhos são delicados claro.
Vitrais das janelas
Os vitrais nas janelas são muito bonitos, e cada desenho tem um significado. O que representam, não entendi porque a guia só falava alemão. E metade do que disse, passou-nos completamente ao lado.
Quarto Românico
O teto tem abóbodas em forma de barril, a parede esta decorada com painéis decorativos tirados de arcas do sec XVII com figuras do zodíaco e apóstolos. Tem um fogão em cerâmica do sec XVI. Para que era fogão, não sei, mais uma vez, não entendi, porque a divisão não era uma cozinha... enfim... adiante!!
Vista para o Páteo
Achei o Páteo tão bonito, senti-me dentro de um livro de histórias infantis. No lado oriental está a capela do castelo e ao lado a casa dos cavaleiros, onde ficavam instalados os convidados do senhor feudal.
Sala de caça
Para não variar, obvio que a sala de caça tem trofeus de caça da região, e algumas de coleção. Um pormenor engraçado, os príncipes do castelo vinham beber para esta divisão, então, como bons alemães bebiam MUITOOOO, tanto que nunca encontravam a fechadura da porta para sair dali, então desenvolveram esta fechadura que "encaminha" a chave para o sitio certo, mesmo que não se esteja a ver muito bem. AAAhhh...Media anual, consumiam 160 litros de vinho!
Fechadura
Salão dos cavaleiros
É o maior salão dos castelo. Pesadas colunas sustentam o teto. Tem uma grande chaminé com leões heráldicos na base. Dois grandes quadros adornam as paredes. Enormes vasos japoneses decoram uma arca renascentista. Rica vida...
Vista da varanda da sala de armas
Desta varanda dá para entender o porquê de construir aqui um castelo há mil anos atrás. O castelo fica a 100m sobre o rio e na idade média, este rio era o principal meio de comunicação entre Alemanha e França. Cochem era a povoação alfandegária. Tinham uma corrente de metal no rio que permitia encerra-lo sempre que entendessem.
Torre redonda
Também chamada de Torre das Bruxas. Sobreviveu à destruição do castelo em 1689.
Torre quadrada
Com paredes de 3,60 de espessura, é testemunha de uma história milenar. Era o refúgio da população quando havia agressores. O mosaico de 4 x 8 metros, representa São Cristóvão, o padroeiro do castelo e protetor contra os perigos.
Margens do Mousel
À primeira vista, quando se chega, claro que somos assoberbados pela imagem do castelo, e parece que não se passa mais nada além disso. É pura ilusão. Quando decidimos dar uma voltinha à beira Rio, nunca poderíamos imaginar o que se passava lá em baixo.
Um balbucio de pessoas, carros, motas, barcos que circulavam em passeio apesar do tempo estar de chuva.
São centenas de lojas e restaurantes, e hotéis, e cafés, e adegas de prova e venda de vinho.. Impressionante.. Um movimento espantoso.
Alte thorschenke
Esta é a uma das mais antigas e mais conhecidas tavernas de vinho na Alemanha. Faz parte do muro da cidade que foi construído em 1332. Hoje é também hotel e restaurante.
Uma das ruas movimentada de comercio e pessoas
Igreja Sankt Martin
Praça central
Existe junto ao rio um teleférico muito pitoresco que podemos subir por 6,30€ para nos deslumbrarmos com a vista do alto.
Árvores e vinhedos crescem até o próprio pé destes muros, numa harmoniosa integração da natureza e da civilização.
Embaixo o rio Mosel corre sereno e como que amparado à sombra da fortaleza.
As plantações de uva para vinho crescem abundantemente sobre as acentuadas encostas que ladeiam o rio.
As plantações de uva para vinho crescem abundantemente sobre as acentuadas encostas que ladeiam o rio.
Wild und Freizeit park
No alto da montanha, subindo de teleférico existe um parque de diversões e zoo onde se pode passar um belo dia de brincadeira e diversão. Entrada custa 18€. Parece que não tem nada a ver com a magia do local, mas.. é bem escondido no cimo da montanha, nem se dá por ele...
A força e o aconchego estão por toda parte em Cochem, impregnados por uma fantasia ordenada pela lógica e pela fé.
Se por absurdo um anjo precisasse um dia repousar na Terra, por certo encontraria no castelo de Cochem uma residência ideal.
Se por absurdo um anjo precisasse um dia repousar na Terra, por certo encontraria no castelo de Cochem uma residência ideal.
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